quinta-feira, 20 de outubro de 2011

MÃOS QUE FALAM

Uma das coisas que mais me chamam a atenção nas Santas Missas são as mãos que recebem a comunhão. Enquanto todos cantam e participam do banquete da salvação, eu observo atentamente cada irmão e cada irmã que entra na fila para ir de encontro ao Senhor Ressuscitado, de forma que as expressões das mãos revelam a esperança e a confirmação de pessoas que buscam ardentemente pela renovação de suas vidas.


 As mãos que recebem Jesus são variadas; umas são calejadas pelo trabalho, outras envelhecidas devido aos anos que carregam e pela história difícil muitas vezes marcada pela superação e pela conquista de uma vida melhor, outras ainda macias e joviais de quem ainda não viveu muito, mas tem a certeza daquilo que querem receber. Cada mão uma possui a sua particularidade e em cada centímetro desse membro está impresso a vida e a história de cada pessoa.

No momento do banquete nupcial não há distinção de raça, de cor, ou de classe social, pois no final todas as mãos se reverenciam Àquele que é o Senhor de suas vidas. Por isso as mãos de cada um se unem formando um trono para receber o Rei, para receber Jesus. A boca, neste momento, consolida o gesto das mãos, e com uma única palavra respondem; AMÉM! Ou ainda – SIM, eu Quero receber o Salvador!

Se as mãos tivessem a oportunidade de exprimir em palavras o que este momento significa, com toda certeza levantariam um louvor aos céus. No entanto, com um gesto simples após terem recebido Jesus elas novamente se unem e prestam reverencia ao Deus altíssimo que agora faz morada em todos os membros do corpo e que tem como tabernáculo o coração, atingindo a plenitude da Fé Cristã e da esperança de uma vida sem a mancha do pecado.


Conhecendo a simplicidade de Cristo demonstrada em todo o Evangelho concluo ao final da Santa Missa que Jesus foi acolhido como Rei no trono que com toda a singeleza foi para Ele preparado, trono este que é absolutamente digno, pois foi constituído com tudo aquilo que temos de melhor.

Abraço Fraterno 

Gabriel Calvi  


Vídeo / Recebe Adoração - Ministério Amor e Adoração

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

GRATIDÃO



“enraizados e edificados nele, inabaláveis na fé em que fostes instruídos, com o coração a transbordar de gratidão” (Colossenses 2,7)

Com uma vida de oração e com o coração sincero nós temos a oportunidade de cada dia demonstrar o nosso reconhecimento a Deus. No entanto, ainda que façamos uso desses meios nosso louvor é insuficiente para glorificar Aquele que sempre se encontra ao nosso lado e que sabe tudo a nosso respeito. Entretanto, uma forma de demonstrar nossa felicidade e satisfação por ter Deus ao nosso lado é cultivar em nosso coração um sentimento de gratidão, não é algo que totalize todos os sentimentos, todavia é uma prova de que bendizemos ao Senhor por todas as maravilhas que Ele realiza em nós. Outra forma de mostrar gratidão é ter sempre as mãos ocupadas seja através da oração ou do trabalho solidário que temos a oportunidade de realizar, podemos, deste modo, agradecer a Deus com palavras e também com ações e assim nosso culto se torna completo humanamente falando.
Ter um coração agradecido não é sempre um costume de todos. Existe por aí muitas pessoas com um coração dominado pelas sombras da ingratidão e que traz consigo outros sentimentos como arrogância, egoísmo, orgulho. Um coração ingrato não é somente infeliz como também não consegue manifestar amor pelo próximo, um coração ingrato não tem a capacidade de se sensibilizar pelo irmão e jamais alcançará plenamente qualquer coisa boa. Podemos dizer que a ingratidão não só traz sombras para vida das pessoas como também corrói e amarga o sentido real da existência.

“o pecador atribui a si mesmo o benefício de quem por ele se responsabiliza, e com coração ingrato abandona o seu libertador”. (Eclesiástico 29,22)

O que fazer diante da ingratidão? A nossa melhor arma é a oração, o nosso melhor gesto é o de misericórdia, mesmo que seja difícil, não podemos julgar um coração dominado pela ingratidão, ao contrário, podemos a partir da oração pedir a Deus uma transformação de tal sentimento, seja ele nosso ou de nosso irmão.

Jesus sempre ensinou que nossas ações devem sempre estar voltadas para um bem maior e não devemos estender nossa mão esperando retorno. O grande segredo de um coração solidário é se doar integralmente sem esperar nada em troca, mesmo que nossa ação resulte em um sentimento de ingratidão. Lembremos sempre que Deus vê tudo isso e conhece a nossa sinceridade.

Peçamos sempre um coração agradecido e aprendamos também a agradecer por tudo o que o PAI nos dá, lembrando sempre que os nossos atos devem ter sempre um objetivo maior!
Abraço Fraterno
Gabriel Calvi

Vídeo / Gratidão - Ministério Adoração e Vida