terça-feira, 15 de novembro de 2011

QUE EU VEJA!



“Então o cego gritou: ‘Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!’ As pessoas que iam à frente mandavam que ele ficasse calado. Mas ele gritava mais ainda: ‘Filho de Davi, tem piedade de mim!’”. (Lc 18,38-39)

O cego sentado à beira da estrada não tem a menor expectativa de vida. Seus pecados jogaram-no à beira da estraga onde sua existência ficou estacionada devido a sua lamentável condição. O cego nem nome tinha, ninguém se importou com sua presença, aliás, ninguém nem notou que ele estava ali, sentando, à beira da estrada. Em seu estado de profunda decadência o “sem nome” possuía em seu coração um fio de esperança, esperança de reconquistar a visão que fora cerrada pelos erros de uma vida hostil regrada a prazeres humanos.

O cego sem nome anseia por uma vida nova, e para isso, faria qualquer coisa para recomeçar. Surge então uma movimentação, ele a percebe e fica apreensivo, deve pensar consigo – “seria esta uma oportunidade de mudar de condição?” – SIM! Imediatamente começa a gritar quando dizem a ele que o motivo de tal movimentação é porque estão seguindo o Médico das almas. Decididamente o cego começa a gritar, não se importando com o que os outros irão pensar, ele está determinado em conseguir um encontro com o Médico que pode lhe fazer voltar a ver. Diante de tamanho alvoroço o “homem” que o cego desejava ver percebeu sua presença e foi ao seu encontro.

O “homem” lhe pergunta – ‘o que queres que eu faça?’ Ele responde – ‘Senhor que eu veja’, imediatamente o cego recobrou sua visão e começou a agradecer pela oportunidade recomeçar sua vida.

Os fatores cruciais que o possibilitaram voltar a enxergar foram sua determinação e esperança, mas principalmente sua fé. A fé retirou a venda do pecado que o cego sem nome possuía, a fé lhe garantiu a salvação e muito mais que isso lhe deu uma nova chance de recomeçar!

Abraço Fraterno

Gabriel Calvi

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

NO CORAÇÃO DA IGREJA ESTÁ A FONTE DA VIDA!

(09 de Novembro   - Festa da Dedicação da Basílica de Latrão / Sede Papal)

“O homem fez-me voltar até a entrada do Templo e eis que saía água da sua parte subterrânea na direção leste, porque o Templo estava voltado para o oriente; a água corria do lado direito do Templo, a sul do altar”. (Ez 47,1)

No coração da Igreja se encontra o manancial da água da vida. Esta água jorra do altar da salvação onde a memória do sacrifício de Jesus pela humanidade é lembrado e vivido intensamente a cada santa missa. Portanto, todas as vezes que um cristão lança-se em viver o evangelho, a água da vida que brota do altar renova sua vida e atualiza o seu processo de conversão tornando-o mais íntimo de Cristo.

A dignidade de Cristo se estende até sua esposa, ou seja, à Igreja. É por isso que o devido respeito deve ser sempre cultivado. Na casa de Deus não há espaço para o materialismo e para o comércio, ambas as práticas são totalmente inadequadas e repudiadas pelo próprio Cristo, pois tendem a aprisionar o cristão e fazer dele um escravo, sem citar na profanação do sagrado todas as vezes que o templo é utilizado para outros fins que não seja o culto à Deus.

“Nas margens junto ao rio, de ambos os lados, crescerá toda espécie de árvores frutíferas; suas folhas não murcharão e seus frutos jamais se acabarão: cada mês darão novos frutos, pois as águas que banham as árvores saem do santuário”.  (Ez 47,12)

Se por um lado no santuário do Senhor não há espaço para o comércio e para o materialismo, por outro há sempre espaço e grande expectativa para o irmão ou a irmã que descobrem nele o refúgio e o alicerce para suas existências. O verdadeiro seguidor, ou seja, aquele que é fiel a Jesus, percebe que a única coisa que realmente importa é saciar-se da nascente da salvação de onde nasce aquilo que é mais precioso.

Na festa da Basílica de Latrão, Mãe de todas as Igreja e sede do Santo Padre, o Papa, nós desejamos que você caro leitor busque sempre na casa de Deus o amparo que necessita e que possa também atualizar sua conversão e sua fé a cada santa missa celebrada.

Abraço Fraterno 

Gabriel Calvi

domingo, 6 de novembro de 2011

EM SANTIDADE




“Todo o que espera nele purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.(1Jo 3,3)

Quando se fala em santidade muitos de nós tem impresso na mente a figura de pessoas puras, sem pecado algum e que sofreram profundas tribulações. No entanto, se olharmos atentamente para a vida de nossos santos notaremos que a maioria deles viveu uma vida dedicada totalmente a Deus. Todavia, para chegar ao modelo que são hoje para nós tiveram que passar por diversas dificuldades, tiveram que recomeçar a caminhada diversas vezes por errarem o caminho ou a maneira de caminhar. Mesmo assim, todos eles não perderam a esperança e o desejo de permanecer no Senhor, pois descobriram o centro de suas vidas e encontraram no Ressuscitado algo que os atraía para uma vida melhor e que era maior que suas próprias vidas.

Diferente do que pensamos a santidade é sim possível, e é um desafio feito a todos nós Cristãos e seguidores de Jesus. A santidade não é impossível, não é caracterizada por pessoas que viveram sem pecado, ao contrário, a santidade é marcada pelos desafios, pelas superações e pelo desejo sincero de viver em Jesus Cristo.

Mais uma vez se faz necessário dizer – a santidade é um convite a todos nós que cultivamos no coração a esperança de viver somente em Jesus e com o profundo desejo de moldar-se segundo seus preceitos. A esperança é a arte de “esperar” e está totalmente ligada a vida em santidade, pois requer esvaziamento, confiança e abandono.

Caro leitor, nossos santos tiveram limitações, defeitos e dificuldades, contudo, souberam passar por todos os obstáculos aprendendo a cada dia a eliminar os empecilhos em um despojamento total aprendendo com as quedas e com os recomeços a terem a força para chegar ao ideal de suas vidas.

O convite feito a nós é ser perfeito como o Pai é perfeito! O verdadeiro filho de Deus não se contenta com uma dimensão menor que esta. Logo, é preciso tentar! É preciso alimentar em si a esperança e o desejo de ser santo, acreditando que o caminho para a santidade requer ter as mãos ocupadas através da oração e através do trabalho, sem deixar de considerar que as quedas fortalecem o nosso recomeço e o nosso jeito de caminhar!

E aí? Topa ser santo?
É possível!

Abraço Fraterno
Gabriel Calvi

Vídeo / Em Santidade - Adoração e Vida