“Esse tesouro nós o levamos em vasos de barro, para que todos reconheçam que esse incomparável poder pertence a Deus e não é propriedade nossa.” (2Cor 4,7)
O Senhor escolhe a nós, filhos seus para depositar todo o seu amor e para manifestar o seu poder. Podemos, portanto, ser comparados a vasos onde a matéria prima não é ouro e nenhum outro material nobre e precioso, mas sim o barro - matéria simples e singela que mostra a singeleza da nossa existência diante da grandiosidade de Deus.
Mas porque o barro? No barro se encontra todos os requisitos para uma boa modelagem, no entanto, por mais moldados e trabalhados que somos pelo Oleiro, existe em nós sempre algo que precisa ser concertado, uma rachadura aqui, uma imperfeição ali. Na verdade tudo isso não importa muito, pois a aparência do vaso não é levada em conta. O que realmente importa é o conteúdo do vaso, o importante é saber o que o vaso irá transportar, e para isso se faz necessário ter o interior do vaso totalmente vazio para receber das mãos do Oleiro aquilo que Ele deseja depositar.
E nós, caros irmãos, somos o vaso de barro que o Oleiro moldou – contudo, devido às circunstâncias da vida e do mau uso do vaso, acabamos deteriorando as suas estruturas. E mesmo aparentemente incapazes de carregar qualquer coisa em nosso interior, o Oleiro vem e deposita todo o seu Amor e todo o seu poder para mostrar que o valioso é o desejo do vaso em ter em si todos os sentimentos que o Oleiro depositar.
Com toda essa realidade à nossa frente eu convido você dileto amigo a rezar comigo a seguinte oração:
Eis-me aqui Senhor, eis aqui o teu vaso de barro insignificante e rachado, onde Tu podes depositar todo o teu amor e o teu poder. Conceda-me a graça de te levar sempre comigo, para que tu sejas manifestado inteiramente através de mim.
“Com a graça de teu Espírito, me chamaste para levar, no vaso de barro de minha vida simples, o tesouro inestimável do seu amor de Bom Pastor” (João Paulo II)
Abraço Fraterno
Gabriel Calvi
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