quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A Beleza do desprendimento



“As raposas têm suas tocas e as aves do céu, seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça.” (Mt 8,20)

Esse belíssimo trecho do evangelho de são Mateus nos aponta para uma realidade muito bonita e ao mesmo tempo desafiadora. Vemos Jesus como que dizendo qual é a condição que deve se estreitar aquele que deseja segui-lo. É claro que considerando na atualidade esse trecho parece pura utopia, mas é ai que se encontra uma chave preciosa que seguramente nos abrira portas que nos levara para a felicidade.
O que Jesus apresenta neste trecho é o convite ao desprendimento, o optar por ter apenas o necessário. É evidente que para se dar esse passo é preciso entender que é de Deus que vem nosso socorro.
Experenciar o desprendimento é um desafio que se traduz no empenho pessoal, é procurar nas minúcias das mais variadas situações desapegar-se,é deixar de lado o supérfluo, é ir contra a maré do pragmatismo que endeusa o consumismo e a aquisição de quinquilharias onde se julga a pessoa por aquilo que ela tem e não por aquilo que ela realmente é, isso claro não deve ser entendido como uma fuga ou falta de compromisso, pelo contrario é sinal de um amadurecimento a ponto de se deixar guiar pela voz do espírito.
É claro que desapegar-se não é tarefa fácil e por isso é desafio, mas é também beleza incomparável. Seguir Jesus é optar sempre pelo desapego a ponto de se desprender da própria vida se preciso for. 
Por isso se você quer dar esse passo de fé não tenha medo o filho do homem não tinha onde repousar a cabeça e nem por isso o Pai o deixou jogado ao vento. Tenha fé e se lance na beleza do desprendimento onde Deus não nos tira nada mais nos dá o cêntuplo.

Por: Alexandro Freitas       
Seminarista da Filosofia da Diocese de Apucarana-PR

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